sábado, 30 de novembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Comportamento do pedestre no trânsito - Você é precioso para sua família e para Deus. Cuide-se!
Dias atrás saí para
caminhar e fiquei assustada com as loucuras do trânsito da minha cidade. Mas
não é do motorista que quero reclamar. É do pedestre. Gente, eu acho que
algumas pessoas saem de casa com a intenção de se matar. Só pode ser. Abaixo,
leia o trecho de um trabalho que fiz para a disciplina de História do
Jornalismo. Vamos refletir juntos sobre o papel de quem anda a pé e é a principal
vítima em caso de acidentes.
A consciência de responsabilidade no trânsito deve partir
tanto dos motoristas quantos dos pedestres. Ao observar uma hora no centro de
Santa Maria, o cidadão verá as loucuras que os transeuntes fazem ao atravessar
a rua. Atravessam na diagonal, não olham para os lados, desrespeitam o sinal
verde, ignoram a faixa de segurança. Alguns nem andam nas calçadas, preferem
andar na pista dos carros e ônibus.
Para
a acadêmica de Direito, Jenifer Candaten, 32 anos, a campanha pé na faixa
conscientizou o motorista, mas o pedestre relaxou com a própria segurança por
pensar que atenção e cuidado é obrigação só do condutor de veículos. “Muitas
vezes estamos na faixa perto do Trevo da Uglione, onde é permitido uma
velocidade mais alta, 70 a 80km por hora. Os pedestres simplesmente atravessam sem
olhar e, o que é pior, sem esperar a gente reduzir a velocidade. Já tive que
freiar bruscamente colocando em risco a vida das crianças dentro do carro para
não atropelar uma pessoa”, comenta.
Segundo
Jenifer, a educação no trânsito deve começar na infância, pois muitos pedestres
não colaboram, não prestam atenção. “Deveria haver campanhas de conscientização
para quem anda a pé também. Minha mãe me ensinou desde pequena a não passar por
trás do ônibus e hoje eu passo esse ensinamento para os meus filhos”, lembra.
“Se
o motorista não pode dirigir falando no celular, o pedestre também não pode
andar nas ruas distraído com telefones, ipods e afins”, afirma a bacharel em
Direito, Rossana Pinheiro, 27 anos. Segundo Rossana, que quase atropelou um
rapaz que usava fones de ouvido, os dispositivos móveis distraem o pedestre. “Buzinei,
mas ele não me ouviu”, conta.
Para
a bacharel em Direito, o comportamento do pedestre é reflexo de sua educação a
respeito do assunto. “Quando fazemos autoescola aprendemos a respeitar as leis
de trânsito tanto como motoristas como transeuntes. Mas é somente nessa ocasião
que somos ensinados com veemência. Seria bom se as escolas e faculdades, fizessem
pelo menos uma vez por ano, campanhas de educação no trânsito”, conclui.
Preservar
a vida alheia é obrigação do ser humano. Contudo, as pessoas não podem se esquecer
de preservar a própria integridade física. Seja atento como motorista. Dirija com
cuidado. Preserve a sua vida e a dos outros. Como pedestre, colabore, não seja imprudente ao atravessar a rua. Diminua a pressa. Diante de
tanta correria, lembre-se de que a vida humana não tem preço.
Deus
lhe deu uma vida. Cuide-se. Você é precioso para sua família e para o Senhor.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Um estranho na caminhada
Dois homens saem do
velório do amigo. Preferem ir a pé pra casa. São 11 km, mas insistem, pois
precisam conversar sobre tudo o que aconteceu nos últimos dias. Não está fácil
de entender. Muito menos de aceitar a morte de alguém que parecia imortal.
Há pessoas assim, que
parecem imortais. Cheias de vida. Planos infinitos. Motivam a todos que
convivem. Com essas sempre há possibilidades, segundas chances e expectativas.
Falo dessas que teimam que a luz do fim do túnel existe, mesmo que não
consigamos enxergar.
As conversas depois dos
velórios são reflexivas. As pessoas saem conversando sobre a idade do falecido.
Ou era muito jovem - devia ter tido oportunidade de aproveitar mais a vida. Se a
idade era avançada, o discurso é: “Agora que poderia desfrutar tudo o que
plantou, morreu”.
E o tipo de morte? Esse nunca é justo. Afinal,
a morte não é justa. “A morte tem que morrer.” Os acidentes são ridículos, pois
não avisaram o coitado de que iriam aparecer. E as doenças? Chatas, insistentes,
inoportunas.
Tinham feito planos
juntos. Projetos em longo prazo. Reuniam-se nas refeições para falar do governo
que estabeleceriam, Não era pouca coisa. Era um governo. Tinham simpatizantes e
agregados que seguiam as ideias dele. Alguns desses já haviam pedido as contas
do emprego para segui-lo.
Era um homem bom. Havia
esperança em suas palavras. Conquistou a confiança de todos. Como pode morrer?
Por quê? Bom, ele já estava desconfiado que tramavam a sua morte. Até tentou
avisar, mas para os amigos, ele era invencível. Prenderam-no, humilharam,
assassinaram na frente de todos. A esperança de um governo justo se foi junto
com ele.
A caminhada depois da
despedida era densa, carregada de medo e angústia. Todos os que andavam com ele
estavam sob ameaça. Talvez nem conseguissem chegar em casa. Os outros estavam
escondidos. As mulheres e crianças choravam. Aquele sepultamento não era apenas
de um homem, mas de sonhos de justiça e provisão.
Não há alguém que possa
substituí-lo. Tampouco quem dê prosseguimento aos seus ensinamentos. Ninguém
ensinou como ele. Às vezes era um terno conselheiro, em outros momentos ficava
bravo. Mas como não ficar com seguidores tão teimosos?
Era alegre.
Preocupava-se com todos. E não é conversa de que só porque morreu virou santo.
Foi um homem bom. Por isso o mataram. Foi brutalmente assassinado. Dessas
brigas de 20 contra um. Mas ele não reagiu. De certa forma, sabia o que iria
acontecer. Talvez os revolucionários tenham que morrer. Será que são
predestinados?
No percurso um terceiro
homem se aproxima. Juntou-se aos homens que continham o choro. Um mais
explosivo reclamava das injustiças da vida. O outro se lembrava do falecido com
uma esperança que não entendia. O terceiro homem puxa assunto, pergunta o
motivo da tristeza, ouve os desabafos. É estranho como alguém na cidade não
saiba dos últimos acontecimentos. Está em todos os jornais. Eles contam tudo,
como se a narrativa fosse uma forma de consolo. O ouvinte mantém-se calmo,
terno, não há reação em suas expressões.
O estranho começa a
falar. Não entende a frustração dos dois. Fala em afastar-se e deixá-los
seguirem o caminho. Mas eles insistem na companhia. Suas palavras trazem um
estranho alívio. Diz que deviam estar preparados para tudo o que aconteceu. Precisavam
ser fortes e continuar os planos.
Quem
será este estranho? Será ele que vai dar continuidade aos planos do falecido?
Será que já estava tudo combinado? Tudo o que o estranho faz e fala lembra o
amigo assassinado há três dias. Definitivamente, a tristeza foi embora. A
esperança reacendeu como um milagre.
Fim
do percurso - resolvem dividir a janta. Na cultura desses homens, só se compartilha
as refeições com os íntimos. Mas o estranho está à vontade. Eles também. A
companhia é boa, seus ensinos são fortes. Suas palavras encantam.
Hora
de partir o pão. O suspense acabou. Ele. Somente ele, reparte o pão dessa
maneira. Como não o reconheceram antes? A dor e a tristeza os confundiram. Mas
de uma coisa estavam certos, ele é imortal. Jesus ressuscitou. Agora é correr e
contar para os outros. Se vão acreditar? Talvez, não. Mas isso não importa. Ele
cumpriu sua promessa: “Eis que estou com vocês todos os dias, até o fim”.
Luisa
Neves
*Crônica
inspirada na Bíblia, mais precisamente em Mateus 24:13-35. No caminho de Emáus.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Crônica: Benjamin
Todos os dias é a mesma
coisa. O relógio desperta às 6h15. Ele levanta, verifica se o menino acordou,
acompanha o movimento e se deita de novo, afinal, não se pode desperdiçar mais
umas horinhas de sono de manhã. Ao certificar-se de que o menino arruma-se para
a escola, pode voltar a repousar com tranquilidade.
Seis e meia da manhã, o
menino e o pai saem. Com o barulho da batida da porta, Benjamin vê a barra
limpa e resolve trocar de cama. Já pode aninhar-se no quarto do menino. Ninguém
atrapalha seu intento. A mãe e o caçula ainda dormem.
Mais tarde, quando
todos estão despertos, ele aguarda o momento de ir para a pracinha de
brinquedos. Às vezes diverte-se sozinho, outras com a amiga de folia de todas
as manhãs. Poucas vezes em grupo, já que, quando tem mais de um, brigas
acontecem. Ben já saiu machucado de algumas delas. Todos correram para
socorrê-lo. Chegou a perder sangue.
Mas ele é tranquilo.
Gosta de estar só. De prestar atenção nos movimentos. De refletir a respeito
daqueles com quem convive, mas que são diferentes dele. Muito diferentes. É
complicado entender o quanto Ben ama as pessoas de sua casa, já que não entende
a maioria das atitudes e reações dos pais e dos outros meninos.
Se eu pudesse
testemunhar a respeito de Benjamin, digo que é fiel e doce. Não puxa brigas e
quase sempre é obediente. Quase. Quando recebe ordens que não gosta fica
emburrado por um tempo, mas sempre acaba cedendo. Tem personalidade, mas é de
bom caráter.
E as manias? Não gosta
das portas internas da casa fechadas. Deve ser claustrofóbico. Acolhe visitas com
entusiasmo e faz questão de levá-las à porta quando se despedem. Faz caminhadas
matinais. No inverno, rejeita as roupas grossas e pesadas. Prefere passar um
pouco de frio a andar todo enrolado. Fazer o quê? Cada um com suas manias.
Hora da leitura em
família. O menino lê histórias. Benjamin e o caçula escutam atentos. Um tem
brinquedos nas mãos. Ben debruça-se para ouvir ou simplesmente pelo prazer da
companhia. A família reunida é a sua alegria.
Lá vem o pai dizer que
é hora de dormir. “Cada um na sua cama”. O caçula insiste em ficar com a mãe. O
mais velho que assistir TV mais um pouco. Benjamin separa-se dos outros.
Afinal, cachorros não são pessoas. Devem dormir separados. E quem sabe, daqui
alguns dias, na pracinha não poderá mais brincar? Que cachorrada!
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
"Ensina a criança no caminho que ele deve andar e ainda que for velho não se desviará dele." (Pv 22:6)
http://www.youtube.com/watch?v=WeyMO8xPj9o
É rotina aqui em casa o envolvimento dos meninos com as coisas de Deus. Eu só tenho a agradecer ao Pai por isso. Manuseiam a Bíblia. Contam histórias sobre o Deus de Israel. Decoram versículos.
O Isaque, mais compenetrado, gosta da ciência das Escrituras. Lê, reflete, ensina o irmãozinho Samuel de 6 anos. Já o Samuca, gosta dos Salmos e das músicas. Chris Duran é o seu cantor preferido.
As histórias para dormir são as da Arca de Noé, José no Egito, Ressurreição de Lázaro e a Parábola dos Talentos. Domingo, a programação da família é e sempre foi celebrar a Deus na igreja.
E os outros dias? São todos para o Senhor. Sua presença é percebida em todos os nossos atos. Nossa oração na hora das refeições terminam assim: "...e fique conosco, seja convidado principal.
Gostaria que essa publicação edificasse muitos lares. Deus, Jesus, Bíblia devem fazer parte do nosso dia a dia . Orar deve ser tão natural, quanto conversar com os amigos mais íntimos.
Muitas vezes entro no quarto dos meninos e os surpreendo compenetrados com suas Bíblias. Para eles, cada personagem é vivo e as histórias são um filme cheio de aventuras. Os ensinamentos que recebem da Palavra jamais serão esquecidos.
Isaque e Samuel fazem "arte", são corrigidos, ficam de castigo. Às vezes acertam, outras erram. São adolescente e criança como o seus filhos, porém a oração que fiz a Deus em relação aos dois tem se cumprido: "Que sejam morada Tua, Senhor. Que sejam templo do Teu Espírito."
Erramos como pais. Não somos perfeitos. Por isso, peço ao Senhor que me dê sabedoria para criar homens segundo o coração de Deus: tementes, honrados, de uma só mulher, irrepreensíveis e livres de qualquer vício.
O Lusardo refere-se a eles assim: "Filho amado, de quem eu tenho prazer." Ao copiar as palavras do Pai Maior ao Filho Jesus, ele declara sua benção à nossa maior herança. Enquanto escrevo, Isaque dorme e Samuel me espera, como de costume, para deitarmos juntos.
Termino esse post como comecei: "A Ti, meu Deus, agradeço pela vida dos meus filhos. Que eles, assim como Jesus, cresçam em sabedoria, graça e conhecimento. Que Tu possas morar no coração deles sempre, que tenhas prazer em habitar em seus corações." Em Nome de Jesus. Amém.
Minha riqueza |
É rotina aqui em casa o envolvimento dos meninos com as coisas de Deus. Eu só tenho a agradecer ao Pai por isso. Manuseiam a Bíblia. Contam histórias sobre o Deus de Israel. Decoram versículos.
O Isaque, mais compenetrado, gosta da ciência das Escrituras. Lê, reflete, ensina o irmãozinho Samuel de 6 anos. Já o Samuca, gosta dos Salmos e das músicas. Chris Duran é o seu cantor preferido.
As histórias para dormir são as da Arca de Noé, José no Egito, Ressurreição de Lázaro e a Parábola dos Talentos. Domingo, a programação da família é e sempre foi celebrar a Deus na igreja.
E os outros dias? São todos para o Senhor. Sua presença é percebida em todos os nossos atos. Nossa oração na hora das refeições terminam assim: "...e fique conosco, seja convidado principal.
Gostaria que essa publicação edificasse muitos lares. Deus, Jesus, Bíblia devem fazer parte do nosso dia a dia . Orar deve ser tão natural, quanto conversar com os amigos mais íntimos.
Muitas vezes entro no quarto dos meninos e os surpreendo compenetrados com suas Bíblias. Para eles, cada personagem é vivo e as histórias são um filme cheio de aventuras. Os ensinamentos que recebem da Palavra jamais serão esquecidos.
Isaque e Samuel fazem "arte", são corrigidos, ficam de castigo. Às vezes acertam, outras erram. São adolescente e criança como o seus filhos, porém a oração que fiz a Deus em relação aos dois tem se cumprido: "Que sejam morada Tua, Senhor. Que sejam templo do Teu Espírito."
Erramos como pais. Não somos perfeitos. Por isso, peço ao Senhor que me dê sabedoria para criar homens segundo o coração de Deus: tementes, honrados, de uma só mulher, irrepreensíveis e livres de qualquer vício.
O Lusardo refere-se a eles assim: "Filho amado, de quem eu tenho prazer." Ao copiar as palavras do Pai Maior ao Filho Jesus, ele declara sua benção à nossa maior herança. Enquanto escrevo, Isaque dorme e Samuel me espera, como de costume, para deitarmos juntos.
Termino esse post como comecei: "A Ti, meu Deus, agradeço pela vida dos meus filhos. Que eles, assim como Jesus, cresçam em sabedoria, graça e conhecimento. Que Tu possas morar no coração deles sempre, que tenhas prazer em habitar em seus corações." Em Nome de Jesus. Amém.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Canis espaçosos devem ser prioridade para criadores de cães
Com o objetivo de preservar a saúde
das crianças que frequentam as pracinhas públicas com brinquedos de Santa
Maria, o projeto de lei da vereadora Anita costa Beber (PR) visa proibir a
circulação de cães com seus condutores nesses locais.
O
assunto gera polêmica e por enquanto o projeto não foi aprovado - acho difícil
que seja. Como mãe, frequento pracinhas. Concordo que crianças brincarem na
mesma areia que os animais fazem suas necessidades é desagradável, mas o que me
preocupa é a segurança das pessoas.
Nas
pracinhas, é comum que cães de grande porte e considerados perigosos sejam conduzidos
sem os materiais de segurança necessários. Confesso que ao vê-los se aproximarem,
dou um jeito de sair do local. Sei que já existe lei pra isso, mas é ignorada
por muitos proprietários de cães.
O
projeto da vereadora Anita inclui a problemática dos cães perigosos passearem
livremente. Se um cão pode atacar seu próprio dono, quem garante que não
atacará pessoas estranhas? Há casos de crianças serem apenas machucadas por
cães, mas também há situações de ataques caninos que levaram ao óbito.
Portanto, acho o projeto da vereadora pertinente.
Quem deseja ter animais
de estimação, deve preparar espaço para criá-los com liberdade, e que não
ofereçam riscos às pessoas. Há quem não goste de cães, mas gostam de pracinhas.
Há outros que gostam os animaizinhos, mas sentem medo. Essas pessoas devem
também ser respeitadas.
Por outro lado, sou
contra a criação de animais criados em correntes 24 horas por dia. Penso que
isso é crueldade pura. Um canil espaçoso, limpo e seguro deve ser prioridade
para criadores de cães.
Desde o dia 19 de
outubro, quando ativistas entraram no Instituo Royal para resgatar os beagles, as polêmicas com os cães têm
crescido e a sociedade começa a questionar até onde vão os direitos dos animais
e as responsabilidades de seus donos.
Quero
dizer, como cidadã, que os dois assuntos, tanto a experiência científica com
cães, como o direito deles de passearem em praças públicas representam uma
demanda social e devem ser resolvidos de maneira séria e não apenas esperar a
polêmica esfriar para ignorar a situação.
As
pessoas acham razoável criticar os cientistas e o projeto da vereadora.
“Libertem os beagles. Deixem os
cachorrinhos passearem na praça”, é o grito dos defensores dos animais. Porém,
não esqueçamos que nosso direito termina quando começa o direito do outro.
Luisa Neves
Acadêmica de
Jornalismo – Centro Universitário Franciscano
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
"Para onde foi o seu amado, ó mais linda das mulheres?"
“Para
onde foi o seu amado, ó mais linda das mulheres?
Diga-nos
para onde foi o seu amado
E
o procuraremos com você.” (Cântico dos Cânticos 6:1)
Introduzi
a ministração da célula com a leitura dessa passagem bíblica. Nem sei como ela
foi parar ali na reunião, visto que o tema e o versículo a serem lidos eram
outros. Mas aprendi na caminhada com Deus que Ele fala o que Ele quer e quando
quer. Assim, por intermédio desses versos, o Senhor falou conosco, falou
comigo.
Os
amantes da Palavra de Deus sabem que a noiva simboliza a igreja de Jesus. Sim,
a igreja, eu e você. O noivo é o próprio Senhor Jesus, por quem ansiamos desesperadamente
encontrar e celebrar as bodas do Cordeiro. Uau!
Mas
o escritor dos cânticos nos questiona: “Para onde foi o seu amado?” A pergunta
mexeu muito comigo, com minhas correrias e convicções. Será que não estou
perdendo de vista o meu amado? Será que O tenho esquecido e deixado para falar
e estar com Ele quando der?
Onde
está o meu amado? Onde está o meu amado? Fica na igreja quando não estou lá? Posso
levá-lo à faculdade e permitir que ouça minhas conversações? Deixo-o participar
das minhas decisões? O noivo ainda está nos meus planos? A minha expectativa de
estar com Ele, para sempre , está viva?
Por
muito tempo uma de minhas orações mais repetidas foi: “Pai, não me deixe
perdê-lo na caminhada”. Perder Jesus na caminhada não é difícil. Sabe por
quê? Porque Ele não se impõe. É gentil,
educado e espera ser convidado. O Senhor está sempre perto daqueles que O
buscam, mas a necessidade de Sua companhia deve ser manifestada por nós, por
quem O deseja.
Assim,
perdemos Jesus quando preferimos outras companhias e os objetivos espirituais
deixam de ser prioridade. Enchemos nossa bagagem de tarefas e ouvimos vozes que
não participam do desejo de estar com Ele. Dessa forma, não há espaço para o
Noivo e, se isso acontecer, larguemos tudo e corramos para procurá-Lo.
As
pessoas têm diferentes formas de invocar a presença de Jesus. Alguns O chamam
de Pai. Outros de Senhor, Mestre, Rabi, Senhor meu Deus e Meu Pai, Jeová. Mas há
aqueles que O chamam de Amado, Amado da minha alma. Meu Noivo.
Não
importa a forma que O tratemos desde que manifestemos nosso amor e dependência.
Dizer que tem saudades de Deus alegra o coração dEle. Quem não gosta de ouvir
isso? Tenho saudades de ti. Perto quero estar para tocá-lo, abraçá-lo e ouvir Sua
voz. No versículo seguinte o autor dos Cânticos escreve:
“O
meu amado desceu ao seu jardim,
Aos
canteiros de especiarias, para descansar e colher lírios.” (Cântico dos Cânticos
6:2)
Suponhamos
que o jardim seja o nosso coração. O que Jesus encontraria, hoje, nesse coração?
Especiarias? Que aroma teria nos compartimentos onde estão guardados todos os
nossos sentimentos e aspirações? Teríamos lírios, umas das mais belas flores,
para oferecer-lhe?
Nossos
corações são alvos permanentes de sentimentos negativos e obscuros. Afrontas,
decepções e mágoas não são lírios, portanto, não têm o direito de estar em
nosso jardim. Mas se tudo isso teima em nos atingir? Através do cuidado e da
intimidade com a Palavra de Deus, temos condições de arrancar as ervas daninhas.
O jardim do nosso coração deve estar pronto para encontrar o Noivo.
Imagine
esse encontro. Deseje esse momento. Faça planos para estar com Jesus. Cultive
lírios para oferecer-lhe. Armazene especiarias, bons temperos. Tenha um sabor
agradável no falar e agir. Prepare-se. Adorne-se.
“Eu
sou do meu amado,
E
o meu amado é meu;
Ele
descansa entre os lírios.” (Cântico dos Cãnticos 6:3)
Você
é de Jesus. Ele é seu. Só uma pessoa pode acabar com essa história de amor:
você.
Assim
como no casamento, o amor a Deus precisa ser cultivado todos os dias. Esse amor
deve ser confirmado com palavras e atitudes. Então, o que você está esperando? Diga
ao se Amado que você é dEle e que Ele é seu. Tenha momentos de adoração através
da oração e louvor. Separe um tempo. Esteja com Ele. Celebre Jesus na sua vida
e encha o seu coração de alegria.
Escrevi
essa mensagem enquanto ouvia a música Vem
minha Noiva do Ministério Casa de Davi. Essa canção refere-se à noiva como
a igreja, mas também como todos os rejeitado por esse mundo. A noiva de Jesus
não é aquela que se apresenta bem por fora, mas aquela que deseja ser adornada
por Ele.
Para
finalizar, se você perdeu o Noivo, chame-O. Ele deve estar esperando.
Bom
fim de semana (com o Noivo)
Luisa
Para refletir: Um retrato que pode ser o seu
Todos os dias era a mesma coisa.
Lurdes levanta e prepara-se para mais um dia de trabalho. Não tem expectativas,
sabe que tudo o que a espera é a rotina. Acorda, olha ao redor e depara-se com
a simplicidade de sua casa. Desanima-se.
O velho sofá herdado da mãe que
falecera há seis meses. Desbotado, sem graça, ainda guardava o cheiro de dona
Marilda. O vaso de folhagens murchas, o copo vazio do café que tomara antes de
deitar, calçados pela sala. Tudo isso só demonstrava seu estado atual: viver um
dia após o outro.
Chega à mesa para tomar café e
depara-se com o bilhete do filho. “Mãe, a mensalidade do cursinho está
atrasada. Precisamos resolver isso, logo.” Suspira e pensa em Vítor, menino
estudioso e empenhado a conquistar os sonhos. É por ele. Só por ele que Lurdes
continua naquele trabalho horrível. Vítor é o presente que a vida lhe deu.
Lurdes sabe que tem que sair para
trabalhar. Tem que chegar cedo à padaria onde faz salgadinhos. O cheiro da
fritura já está impregnado nos cabelos e roupas. Ela sai da padaria, mas a leva
junto. Tem impressão que todos sentem o cheiro de óleo, farinha e ovos quando
ela passa.
Do ponto de ônibus, Lurdes
visualiza a casa lotérica. Por que não tem coragem de apostar? O que custa
tentar a sorte uma só vez? Seu desânimo denuncia que tem medo até mesmo de
arriscar. O que a deixou assim? A doença
da mãe, a morte precoce do marido quando completavam dois anos de casamento? A
falta de oportunidade de estudar? Talvez não tenha sido escolhida para brilhar,
como algumas pessoas que conhece.
Os carros passam. Mulheres
bonitas os dirigem. Usam lenços no pescoço, pulseiras e muito rímel. Olha pra
ela. Abrigo, camiseta “Padaria Doces Sonhos” e as unhas por fazer. “E se
acertasse os números? Será que mudaria? Perderia o cheiro de óleo?” Pelo menos
Vítor compraria o tênis que tanto deseja. Um só não. Muitos.
O ônibus para pra ela. Não
precisa nem acenar. Já faz oito anos que pega o ônibus no mesmo lugar e tanto
os motoristas, quanto os passageiros já a conhecem. Porém, desta vez ela deixa
o ônibus passar. Decide arriscar os números. Chega à lotérica, compra o
bilhete, faz sua aposta e pega o próximo ônibus.
No trajeto faz planos. Trocar o
sofá. Alisar os cabelos. Tirar carteira de motorista. Comprar uma casa com
piscina. Ter funcionárias e nunca, nunca mais comer frituras. Imagina a hora de
contar a novidade para o filho. Com abraços e pulos de alegria comprariam
passagens para a Espanha. Vítor torce pelo Barcelona.
Termina o expediente e Lurdes
corre para conferir os números. Não foi desta vez. Nem perto. Tudo bem, ela
sabia que arriscar é tempo perdido. Falando em perder, a ousadia a fez perder
as passagens de um dia de frituras, ou seja, de trabalho. Tudo igual, ônibus de
volta pra casa, sofá velho, café morno e contas para pagar.
Tudo igual nada. Na bolsa, nossa
protagonista ouve o celular. É Vítor. O filho, aluno exemplar, ganha um bolsa
de estudos em Barcelona. Esperanças reacendem. O destino cuidara para que Vítor
brilhasse e, se ele brilhar, já está tudo resolvido pra ela. Volta a fazer
planos.
Arrumar a mala de Vítor, comprar
o tênis parcelado em cinco vezes. Ele precisa estar bem vestido para estudar em
um lugar importante. Providenciar um
celular com promoção para os dois. Aguardar emails e telefonemas todos os dias.
Arrumar a casa para esperá-lo. Ligar para as tias e contar a novidade.
No outro dia começa tudo de novo.
Bate o ponto. Farinha, ovos, fermento...
Luisa Neves
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