segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Cancele o sorteio, Senhor. Quero ser tua testemunha nesta geração.




"Porque", prosseguiu Pedro, está escrito no Livro de Salmos: Fique deserto o seu lugar, e não haja ninguém que nele habite; e ainda: Que outro ocupe o seu lugar. Portanto, é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi elevado dentre de nós às alturas. É preciso quem um deles seja conosco testemunha de sua ressurreição. Então indicaram dois nomes: José, chamado Barsabás, também conhecido como Justo, e Matias. Depois oraram: "Senhor, tu conheces o coração de todos. Mostra-nos qual desses dois tens escolhido para assumir este ministério apostólico que Judas abandonou, indo para o lugar que lhe era devido. Então, tiraram sortes, e a sorte caiu sobre Matias; assim, ele foi acrescentado aos onze apóstolos. " At 1.20-26

     Desde que conheci Jesus, resolvi servi-lo com inteireza de coração. Como disse o pastor Luciano Subirá, o qual é uma inspiração, não só para mim, mas para o mundo, no que consiste em sabedoria, conhecimento e graça na pregação do Evangelho na atualidade, "não sei se Deus me chamou ou se eu me ofereci". Peguei essa expressão pra mim (perdoe-me o autor), já que estou sempre pronta para servir na casa do Senhor.



     Não digo isso para me exaltar, mas para testemunhar a respeito de plantar aqui para colher na eternidade. Não sirvo a Deus por seus milagres ou pela honra que alguém pode dedicar a mim. Sirvo-o por amor e por ser grata a alguém que me ama incondicionalmente. Na verdade, servir a Deus é um privilégio e não uma obrigação. Ir à casa do Senhor jamais pode ser visto como um rito e sim como um momento de encontro com Àquele que espera por nós em todo o Tempo. Ok, eu sei que não precisa ir à Igreja para encontrar o Senhor, mas esta ainda simboliza à casa d'Ele e é na Igreja que vamos com um único propósito, adorar, falar com Deus e ouvi-Lo.. Bom, pelo menos 'deveria' ser assim.

     Judas perdeu o seu lugar na casa de Deus, no serviço do Reino. Eu não quero perder! Quero e preciso que o Senhor conte comigo para estabelecer o Seu Reino. Já pensou ter que sortear alguém para colocar em meu lugar porque eu não quis mais servi-Lo? Espero que isso nunca aconteça. Não que eu seja insubstituível, longe disso. Há inúmeras pessoas muito mais qualificadas para servir a Deus com excelência, porém sei que poucas estão 'dispostas e disponíveis', como diz o meu marido.  diferença está no amor e no desejo de fazer algo para o Senhor.

      Tenho convicção de que se eu não dedicar minha vida a serviço do meu Rei, Ele levanta outro em segundos. Além disso, não posso me exaltar por frequentar uma Igreja, isso é o mínimo que alguém que ama a Deus pode fazer.  Quero ser testemunha da ressurreição, ver a Igreja subir, meu Rei ser exaltado, os mártires da fé respirarem fundo por saber que valeu à pena o sacrifício. Quero falar do amor de Deus nesta geração, ver o nome da minha família e amigos no Livro da Vida, cantar com os anjos no céu. Não Senhor, não ponha outro em meu lugar. Cancele o sorteio. Vou Te servir mais, pois estar contigo é o meu anseio.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Íntimo, traiu


"Naqueles dias Pedro levantou-se entre os irmãos, um grupo de 120 pessoas, e disse: "Irmãos, era necessário que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse por boca de Davi, a respeito de Judas, que serviu de guia aos que prenderam Jesus. Ele foi contado como um dos nossos e teve participação neste ministério." (Com a recompensa que recebeu pelo seu pecado, Judas comprou um campo. Ali caiu de cabeça, seu corpo partiu-se ao meio, e suas vísceras se derramaram. Todos em Jerusalém ficaram sabendo disso, de modo que na língua deles, esse campo passou a chamar-se Aceldama, isto é, campo de sangue.) At 1. 15-19


     Desde o dia que recebi a Palavra da Salvação (não gosto de dizer 'desde o dia que me converti' porque penso que ainda estou no processo de conversão, até o último dia) aprendi que o pecado me separa de Deus. Assim, luto contra a minha vontade, egoísmo, vaidade, ira, intolerância, murmuração, entre outras coisas, todos os dias. Se tem uma coisa pela qual anseio, é por conhecer a Deus e passar a eternidade com Ele, para isso me esforço. Poderia fazer mais, mas tenho tentado agradar ao meu Senhor.

        Mas o que tem a ver Judas com isso? Judas, o traidor, um dia foi o irmão Judas. Homem de confiança de Jesus, afinal, era o seu tesoureiro. Mas alguma coisa aconteceu na caminhada que mudou o seu destino. O coração se corrompeu! Ah, o coração. Bem disse o profeta que este é enganoso e perverso. Pois é. Judas aceitou propina, suborno, sei lá, não conheço bem esses termos, e entregou Jesus aos que procuravam matá-lo. Os discípulos devem ter ficado boquiabertos com a situação. "Não se falava em outra coisa em Jerusalém... Judas, quem diria? O Mestre o amava, confiava nele.

           Não sei os motivos de Judas. Necessidade? Ambição? Queria um dinheiro para viajar com a família? Trocar de camelo? Despesas com doença? Talvez ele pensou que entregaria Jesus, receberia o dinheiro e não daria em nada. Afinal, Jesus se livraria da morte de alguma forma. Tinha ciência da divindade do seu Senhor. E mais: No final de tudo, receberia perdão. Não obstante às profecias de que Jesus seria traído por um deles, Judas corrompeu o coração no processo. Íntimo, traiu. Bom, a traição acontece nos relacionamentos mais íntimos, por isso dói mais.

             Nunca li a respeito teologicamente, mas tenho uma opinião a respeito da morte de Judas. Jesus, quando ressuscitou, dedicou m tempo para recuperar o apóstolo Pedro, antes que subisse para o Pai. Porém, na situação do Iscariotes, Ele estava na cruz, separado de Deus, embebido do pecado da humanidade, cheio de dor, morrendo para nos salvar. Neste ínterim, quando clamou, "Deus meu, Deus meu, por que me abandonastes", demônios atormentaram Judas até que ele tirasse a própria vida. Covardia, eu sei, mas foi isso. Se Jesus salvou o ladrão da cruz, certamente livraria o discípulo em questão.

              Tal fato me ensina a respeito do cuidado com o coração na caminhada de fé. Este é sensível, complicado e cheio de razões. Por exemplo, em uma situação de impasse entre eu e você, nossas razões são distintas, mas são as nossas convicções. Bom, isso é outra coisa, falemos depois. Há inúmeras razões para largarmos tudo para o alto, a vida não está fácil. Somos colocados a prova todos os dias. Porém, antes de julgarmos Judas, pensemos se realmente agiríamos diferente dele... ai, ai, ai. Vejo pessoas 'vendendo' a fé, trocando a graça por prazeres momentâneos, negando Jesus perante a sociedade para não perder os amigos, dando razão àqueles que zombam sem piedade da Palavra de Deus, fazendo concessões para ganhar pontos com a maioria. E nas igrejas, essas mesmas pessoas, enchem a boca para falar mal de Judas, o traidor.

                 Não defendo Judas! Apenas entendo que sua atitude o partiu ao meio, suas vísceras foram derramadas, sua vida se esvaiu, como tem acontecido com inúmeros cristãos, ou quem sabe, apenas frequentadores de igrejas. Assim como aconteceu com Ele, há um tempo determinado para a redenção de pecados. Não me pergunte, não sei qual é. Deus nos deixou o caminho, mas preferiu deixar a data em aberto. Está entre as surpresas reservadas pelo Pai. Teve que ser Judas, mas poderia ser um de nós. Não estamos livres da influência do mundo, da carne e do diabo, resta saber quem nos influencia, estes ou o Espírito Santo. A quem ouvimos mais? Não traia Jesus! Siga em frente!

                       Está na hora da Igreja mostrar a força que tem!




    

sábado, 22 de março de 2014

Oremos, todos os dias, até a vinda de Jesus




“Então eles voltaram para Jerusalém, vindo do monte chamado das Oliveiras, que fica perto da cidade, cerca de um quilômetro. Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos eles se reuniam sempre me oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” At 1.12-14

      As coisas começam a fazer sentido para os discípulos de Jesus. O que eram apenas promessas, tornam-se fatos. “Vigiem, nem sempre estarei aqui.Vou preparar lugar vocês, mas volto logo...”



       Parecia que tudo isso ia demorar, mas chegou a hora. Agora são os seguidores do Mestre, mas sem o Mestre, pelo menos fisicamente.

        Devemos refletir sobre as promessas que são para nós, Igreja. Não são diferentes. “Preparem-se, vigiem, vivam em santidade. Assim como disse a Pedro e aos outros que subiria ao Pai, digo a vocês que voltarei para buscá-los.”

        E nós, como Tiago, João e os outros, ignoramos as promessas. Será que teremos o direito de questionarmos se formos pegos de “surpresa”?

       Certa vez ouvi do pastor Luciano Subirá em uma pregação, via internet. “Devemos fazer planos como se Jesus fosse voltar daqui a 50 anos. Porém, devemos viver em santidade como se Ele voltasse daqui a 5 minutos.”

       Maria, mãe de Jesus, uniu-se aos discípulos para orar. Imagino as palavras dela aos irmãos do Senhor: “Venham meus filhos, oremos. Seu irmão foi preparar lugar e logo vem nos buscar.”

         Assim, todos eles se reuniam sempre em oração...
#ficaadica

Luisa Neves

segunda-feira, 10 de março de 2014

“Te ouvir, Te conhecer, é a maior riqueza que um homem pode ter, Jesus”



    Parafraseando a música de Davi Sacer começo o meu dia. Tivemos a oportunidade, como igreja, de sermos ministrados pelas canções deste servo de Deus e, não tem como não refletir sobre este momento. Desfrutar da presença de um servo de Deus é mais do que tietagem, é reconhecer que o Senhor separa algumas pessoas para levar o Brasil a reconhecê-lo por meio de músicas, pregações, testemunhos, etc.

         Por isso, louvo ao Senhor pela vida da Ana Paula Valadão, Juliano Son, Antônio Cirillo, e outras centenas de pessoas que tem percorrido o mundo para levar com excelência a palavra de salvação a quem não tem a alegria da intimidade com o Espírito Santo. Ficamos sim, sob o efeito da graça do Espírito ao sermos ministrados por vasos de honra, assim como ficamos chamuscados pelo mau testemunho de muitos que usam a mídia para “evangelizar”.

         Indescritível era minha alegria ao receber Davi Sacer na Igreja, no dia 6 de março. Éramos só risos, eu, e todos que estavam ali. Ele, humilde, solícito, tirou fotos com todos que pediram, deu abraços, conversou, e, por cordialidade, tomou chimarrão. Não sei se gostou, mas foi educado, tomou até “roncar” a cuia, como recomendamos.



         Mas o que quero dizer desde o começo deste texto é o quanto Deus é bom e atencioso com as nossas necessidades. Sei que se ouvisse os testemunhos das centenas de pessoas que estiveram no culto com Sacer, todos teriam maravilhas para contar. Comigo não foi diferente. Alguns dos meus questionamentos foram cuidadosamente tratados naquela noite.

         Ao buscarmos uma profissão seja no começo, meio ou fim da caminhada, somos instigados a abrir mão de algumas coisas. Ou seja, até que ponto devo usar meu dom ou capacidade fora do corpo de Cristo? Na mídia, se quiser alcançar “alguma coisa” é recomendável desvincular a imagem de qualquer instituição, seja ela política ou religiosa. Este é o conselho que tenho recebido.

         Não que eu tivesse dúvida quanto a isso, mas preciso deixar acertado com Deus o que Ele quer pra mim. E, por intermédio do testemunho de Davi Sacer, o Senhor sinalizou algumas coisas, entre elas, é que devemos abrir mão dos nossos sonhos para viver os sonhos dEle. Esta também é uma grande diferença entre os que amam e os que não amam a Deus de todo o coração.

         A grande maioria das pessoas busca a Deus ou a religião porque pensam que assim vão “conquistar” as coisas deste mundo. Concordo que Ele honra seus filhos, como fez com José no Egito, mas isto é uma resposta a quem dispõe honrá-lo com sua vida, independente da situação. Por que nos cristãos insistimos em buscá-lo por aquilo que Ele pode dar ou fazer? Não é esse o caminho!

      Deus busca pessoas que vivam para fazê-lo conhecido por seu amor e misericórdia. Milhares de pessoas morrem todos os dias sem saber que Jesus deseja lhes dar vida em abundância. Assassinatos, suicídios, abandonos e toda espécie de males destroem famílias no mundo inteiro porque estamos mais preocupados em “conquistar” coisas pra nós do que pra Ele.

         Pensemos!
        
        
        
    







quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Ler. Prazer ou obrigação?

Há quem diga que a leitura é uma questão de hábito e que deve ser estimulada desde a tenra idade. Os pais devem espalhar livros por toda a parte, para que os filhos convivam com naturalidade com imagens e textos, afinal, ler é imprescindível para quem deseja destacar-se na sociedade. Mas será que podemos considerar a leitura como um costume ou é uma questão de gosto? Qual seria a quantidade de leitura necessária para alguém ser considerado culto? Qualquer leitura vale? Os livros influenciam no comportamento das pessoas?

Pode-se dizer que as pessoas só desenvolvem hábitos com atividades que lhes dão prazer, mas não é bem assim. Muitas vezes, tem que se repetir um ritual por obrigação, como a atividade física, por exemplo. Desta forma, a leitura pode ser obrigatória em muitos lares, por necessidades intelectuais. Ler muito é válido, porém a seleção de assuntos diferencia o desenvolvimento do leitor. Há quem leia só para entretenimento, enquanto que outros leitores invistam mais em livros técnicos, tais preferências influenciarão no comportamento destas pessoas.

E o gosto pela leitura? Aquela vontade de ficar sozinho com o livro e torcer para ninguém chegar perto, tampouco puxar um assunto? Para estes, pouco importa o estilo, geralmente gostam de vários gêneros. O que importa mesmo é o prazer da companhia do volume escolhido. Os amantes da leitura não investem apenas o tempo, mas também suas finanças e emoções ao se entregarem às histórias, romances, contos e poesias que os livros lhes proporcionam.

Enquanto que, para uns a leitura é obrigação, para outros ela dá sentido à vida. Pessoas assim, quando viajam, chegam a todas as livrarias possíveis e não conseguem passar por bancas de revistas sem adquirir um exemplar. São assinantes de vários jornais, colecionam informativos e, o cômodo mais interessante da casa é a estante de livros, isso quando não têm uma farta biblioteca para exibir aos amigos.

A leitura deve ser incentivada por pais e professores. Seja por obrigação ou por prazer, sempre trará benefícios ao leitor. Porém, quem ama livros nunca está sozinho, tem companhia certa, independente da variação de humor, situação financeira ou aparência física. Aliás, eles têm assuntos específicos para cada situação, a questão é saber escolher. Boa leitura!
Luisa Neves

         

Se necessário, volte!


“Então eles voltaram para Jerusalém, vindo do monte chamado das Oliveiras, que fica perto da cidade, cerca de um quilômetro. Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago.” At 1.12-13

       E agora José? Ou melhor: E agora Pedro, Tiago, João... O Mestre não está mais aqui. Suas palavras de esperança, seus milagres e a segurança de sua companhia subiram com Ele, que, finalmente, ocupa seu lugar no trono, ao lado de Deus. Já não era fácil enfrentar a arrogância dos fariseus quando Ele estava junto, imagine o que será dos discípulos agora?

    Bom, o que resta para eles é fugir longe, recomeçar em um lugar desconhecido. Vida nova! Porém, há um detalhe que não pode passar despercebido: Jesus disse para ficar em Jerusalém até que a promessa se cumpra. É preciso obedecer. É necessário confiar. Seria mais fácil ignorar a direção do Messias, mas obedecer é melhor do que sacrificar.
     Por quantas vezes nos sentimos tão desolados a ponto de pensar que a única solução é sair, ir para longe? Momentos nos quais achamos que Jesus está longe de nós, afinal, o céu é bem distante e Ele deve estar ocupado dando atenção à adoração dos anjos que é muito melhor do que a nossa.

          Quando estamos na dependência de Deus, somos levados a exercitar a paciência e antes de tomarmos decisões, esperar nEle, mesmo que pareça não estar nos ouvindo. Talvez seja mais fácil ouvir um não de Deus do que esperar no seu silêncio. É no silêncio que a nossa fé grita com a nossa carne: “Ei, não é como e quando você quer. Aquiete-se. Tudo está nas mãos dEle.”

          Assim, voltamos para Jerusalém e aguardamos o cumprimento da promessa. Se servir de consolo, não estamos sozinhos nessa expectativa. Olhe para os lados e veja Tomé, Bartolomeu, Tiago, Filipe, Maria, Ana, Rodrigo, Elisabete, Cláudia... com os que andaram com Jesus estão os bem-aventurados, aqueles que não viram, mas creram, eu e você.

     É difícil voltar. Eu tenho dificuldades com isso. Parece que voltar e recomeçar relaciona-se com o fracasso e o tempo perdido. Mas não tem jeito. Para as coisas darem certo é necessário reconhecer os pontos falhos e, para isso devemos refazer alguns caminhos já percorridos. Os discípulos voltaram para Jerusalém. Faça o mesmo, se Deus mandar, volte. A promessa está logo ali.

Bom dia,
Luisa Neves.

     

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Perdidos na nuvem


    
“Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram; “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir.” At 1. 10-11

     Caso os discípulos ainda pensavam que era brincadeira o que Jesus falava, agora estão embasbacados. Imagine você conversando com alguém e de repente uma nuvem o engole. Nem o seu melhor amigo acreditaria nisso e seus parentes iriam interná-lo. Pois é. Bem que Ele tentou várias vezes explicar que não era deste mundo, ficaram questionando por coisas terrenas, agora estão assim, “perdidos na nuvem”.

     O fato é que nesta ocasião Jesus dá início ao cumprimento de sua grande promessa, a sua vinda. Se Ele foi é porque vai voltar. Se subiu é porque vai descer. Ou seja, todo cristão deve estar preparado para o dia em que o Mestre virá para celebrar o seu Reino com a igreja. Mesmo que pareça demorado, não viva um dia sequer sem a expectativa da volta de Jesus. São essas coisas que nos diferem, nossa esperança nEle, no Salvador.

     Alguns dias atrás eu estava em uma reunião secular. Não havia cristãos ali e não sei por que mencionaram a volta de Jesus. Até que alguém disse: “Ele não vai voltar. Ele nunca mais virá.” Parecia que a pessoa falava pra mim. Penso que eu era a única pessoa presente naquele lugar que espera por Jesus. Não fiquei brava, fiquei triste, tive comiseração dela. Como pode viver sem esperar pelo Senhor?

    E quanto a nós que vivemos na igreja? Será que entendemos o que aconteceu naquele momento no qual a nuvem encobriu Jesus? A nuvem o levou e hoje Ele está no trono, ao lado do Pai, porém sua presença não pode estar encoberta pra nós. Ele sempre se revelou ao homem, apresentou sua missão e identidade com transparência. Disse que teria que ir, mas que voltava para estar com os seus.

     Mais uma vez tem que vir alguém para explicar aos discípulos. Desta vez um anjo. Espero que tenhamos conhecimento da Palavra suficiente para reconhecer o Senhor quando Ele voltar. Já pensou a gente fugindo, gritando desesperado? Sempre brinco, mas acredito nisso, que os dias com muitas nuvens me fazem questionar: “Será que é hoje?” Bom, não custa manter os olhos fixos em Jesus para não corrermos o risco de não reconhecê-lo na sua volta.

No amor de Cristo,
Luisa Neves

     

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Poder



           

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.” At 1.8

           Como são fascinantes estas conversas do Mestre com seus discípulos. Aqui, Jesus continua a explicar que é melhor buscar as coisas do Espírito, mas é difícil desejar aquilo que não podemos ver e tocar. Pensamos que desfrutar das coisas é tê-las em mão - a nossa vista e à vista de todos. Quando temos poder fazemos de tudo para que os outros saibam, mas se estamos fracos, queremos nos esconder.

           A luta por poder é constante. Todo mundo quer conquistar e destacar-se em determinada ou determinadas áreas. Por isso, corre-se tanto atrás de dinheiro, pois para o homem, ele é sinônimo de poder.  Quem não gostaria de ouvir isso? “Receberão poder.” Este é um atributo que todo mundo quer, porém Jesus falava de um poder diferente e com finalidade determinada.

               O poder oferecido por Jesus não engrandece o homem. O poder revelado pelo Mestre não torna ninguém melhor do que o irmão. Não alimenta a carne, tampouco satisfaz o ego. Como diz o apóstolo Paulo, este poder visa um fim proveitoso. Combinamos o seguinte: Jesus nos oferece dádivas que nos levarão à vida eterna. É certo que deseja nos abençoar na terra também, porém o seu propósito maior é a eternidade.
                 
               O Espírito é derramado sobre àqueles que testemunham de Jesus em qualquer lugar, até mesmo nos confins da terra. O Espírito Santo em nós é quem engrandece, honra e glorifica Cristo, o Filho de Deus. É a capacidade de nos entregarmos totalmente a alguém que nunca vimos, mas amamos e confiamos mais do que tudo. É o que nos torna bem-aventurados nesta terra.

            Como costumo dizer, se fosse fácil seguir a Jesus, todo mundo seguiria. Bastava um convite e pronto, já estão na igreja e depois de estar lá, nunca mais sai. Mas sabemos que não é bem assim - o reino de Deus é tomado à força. Lutamos contra as investidas do diabo, circunstâncias e contra nós mesmos, para um dia poder chegar diante de Deus com mãos limpas e coração puro.

             Assim, é indispensável ser revestido do poder do Espírito Santo, caso contrário, desfaleceremos em dois toques. Esse poder nos torna íntimos com Deus e passamos a lutar na força dele, não na nossa capacidade. Jesus sabia das dificuldades que os discípulos passariam depois de suas ascensão aos céus, por isso resolveu ficar, mas de forma diferente. A força do Espírito nos faz resistir os dias maus e nos dá autoridade para falar de Jesus.

              A promessa está a nossa disposição, porém deve ser desejada e conquistada. O que difere um cristão de verdade e um igrejeiro é a experiência pessoal com o Espírito Santo. Embora não se torne perfeito, a pessoa que anda no Espírito glorifica a Jesus com seu modo de viver. Este poder está em nós para vencermos nossa carnalidade e egoísmo, para aprendermos lidar com as frustrações e vivermos na dependência do Deus poderoso.

Até a próxima,

Luisa Neves

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Nem o dia, nem a hora


         

“Ele lhes respondeu: “Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade.” At 1.7

         Certa vez, enquanto usava um computador emprestado, percebi que data e hora estavam erradas e, com as melhores intenções, resolvi arrumar. Só que ao tentar corrigir, apareceu a seguinte frase: “Você não tem privilégio suficiente para fazer isso.” Na hora achei horrível aquela máquina mal agradecida dizer-me aquilo, afinal, só queria ajudar. Mas, aos poucos compreendi a situação.

         Entendi que se o dono da máquina permitisse que todos fizessem alterações, teria problemas sérios. Resolvi comunicar o dono e, continuar a vida sabendo que não tenho privilégio suficiente para me meter onde não fui chamada. Aliás, é bom lembrar-me mais vezes desse episódio, já que tenho a mania de achar que posso consertar o mundo. Não, eu não posso.

         Os discípulos de Jesus adoravam perguntar. Vais restaurar o reino? Quando? Quem vai reinar contigo, Jesus? Onde Fulano vai sentar-se? Por que tens que passar por isso? Quem é o traidor? E, se fosse hoje: No céu vai ter televisão? Poderemos usar o face? As nuvens vão atrapalhar as conexões? Vou lembrar-me do meu namorado? No céu tem animais? E por aí vai.

         O Senhor tinha pouco tempo para dar explicações aos seus seguidores e, por isso priorizou coisas espirituais e eternidade. Mas, queriam saber quando desfrutariam de suas promessas. Daí, recebem a seguinte resposta: “Vocês não tem privilégio suficiente para saber.” Bom, se os discípulos que o acompanhavam no dia a dia ouviram isso, o que fica pra nós?

       Inúmeras vezes ouvi esta pergunta: Quando Jesus voltará? Será que Ele vem mesmo? Quantos sinais de sua vinda já aconteceram? Será que posso sair de Sua presença só um pouquinho, arrepender-me e voltar a tempo? A data já está marcada ou Deus ainda está escolhendo? Será que nos dará um sinal mais evidente?

         Mais incríveis que as perguntas são as respostas: Jesus ainda não sabe, só Deus. O Senhor está escolhendo quem vai para o céu ou para o inferno, por isso não diz a data. Alguns dos seus eleitos serão avisados com antecedência. Quando houver paz na Terra, a trombeta soará e... Tem que completar o número exato de salvos, faltam... Não adquira nenhum bem, não adianta, é desperdício.

         Sem julgar perguntas e respostas, posso concluir que devemos viver em obediência como se Jesus voltasse daqui a três segundos, e, ao mesmo tempo, fazer planos, como se Ele voltasse daqui a 50 anos. Quanto às respostas precisas, vou fazer como na ocasião do computador: Colocar a viola na sacola e seguir em frente. Não esqueça, não nos compete saber o dia e nem a hora.

Até mais,
Luisa Neves


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Restauração





“Então os que estavam reunidos lhe perguntaram: “Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino de Israel?” At 1.6

         Este é um daqueles momentos da Bíblia que se Jesus fosse eu, a resposta não seria muito leve. Ele falava de coisas espirituais, quando de repente os discípulos saíram para outro lado. É como se você dissesse: “Filho, você vai ter uma experiência com Deus.” E ele respondesse: “É nesse momento que pintaremos a casa?”

         Não foi apenas nesta conversa que Jesus teve que voltar e explicar tudo de novo. Talvez por isso, Ele escolhesse conversar com os discípulos por meio de parábolas. Bom, há coisas na Bíblia que custo a entender, as parábolas ajudam. Aos amantes da gramática, convido a concordarem comigo que Deus criou as metáforas, conotações, etc.
         
        Mas, relevemos a ansiedade dos meninos que seguiam o Mestre. Eles sonhavam com a restauração de Israel há bastante tempo, e, em Jesus estavam diante da esperança de que o sonho se concretizasse. Imagine algo que você precise muito e esse anseio ocupe seus pensamentos a cada minuto. Certamente, se hoje estivesse frente a frente com Deus, seria sua primeira solicitação.

         Falemos agora de Restauração. A palavra remete a algo que um dia deu certo, era bom e belo, mas se foi, quebrou-se, acabou. Tudo estava bem, mas de repente a alegria foi embora, a beleza desapareceu e a saúde transformou-se em correrias a médicos e pilhas de exames sobre a mesa. A família desfez-se por descuido ou simplesmente por fatalidades.

         Como não falar em restauração diante do dono da vida? Como não questionar Aquele que tem todas as respostas e, o único que faz milagres? Sim, porque em determinadas situações, só milagre. Todos nós gostaríamos de voltar no tempo e tomar decisões diferentes, porém, diante desta impossibilidade, resta-nos perguntar: “Senhor, haverá restauração”?


         Pegue sua Bíblia. Se ela não estiver perto de você, dou-lhe um tempo para buscá-la. Traga junto seu marca texto e leia comigo Jó 14.7-9. Coloque seu nome no lugar da palavra árvore e receba esta palavra profética. “Para a Luisa pelo menos há esperança: se é cortada, torna a brotar, e os seus renovos vingam. Suas raízes poderão envelhecer no solo e o seu tronco morrer no chão; ainda assim, com o cheiro de água (Espírito Santo) ela brotará.”

         Sim, há restauração para Israel. Os discípulos descobriram isso depois. Todavia, o Senhor quer nos ensinar que nEle há restauração emocional, material e espiritual. Ele é a fonte de água viva que renova nossos ramos e fortalece nossa estrutura (tronco).

Deus abençoe!
Luisa Neves


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Em 2014 conheça o Espírito Santo




“Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo.”At 1.5

         Lembro da minha ansiedade pelo batismo nas águas. A primeira tentativa foi frustrada porque tinha apenas 10 anos e minha família achou que seria uma decisão precipitada. Pois bem, ele só aconteceu quando tinha 20 anos. Foi um batismo simples, mas ali eu dizia ao meu Mestre que Ele passava a ser o dono da minha vida.

         O batismo nas águas não é um ritual que nos limpa de todo o pecado. Esqueça a ideia de que nossos erros ficam naquelas águas. Se fosse assim, seria insuportável o cheiro de muitos rios e batistérios. O batismo é um ato de fé, uma simbologia de que a vida passa a estar no controle do Senhor. É um compromisso de viver para Deus e fazer Sua vontade.

         Depois do batismo eu me senti cristã de verdade. Nova criatura. Importante para Deus, parte de sua “equipe”, próxima do Senhor. Não pretendo referir-me a quem está mais ou menos perto de Deus, estou apenas relatando a minha experiência. Experiência e intimidade com Deus estão acima de religiões e rituais – é relacionamento.

         João batizou com águas, pois bem. Mas o livro de Atos menciona outro batismo – o batismo com o Espírito Santo. Não há palavras para descrever esse presente do Senhor para seus filhos. Quando aprendia sobre o batismo do Espírito Santo, nas escolas bíblicas, meu coração ardia. Comecei a desejá-lo com intensidade, com paixão.

         Queria sentir aquela experiência sobrenatural que foi derramada sobre a igreja primitiva. Homens simples e medrosos que andavam com Jesus mudaram de vida depois do batismo com o Espírito Santo. A ousadia, fé e paixão com que falavam do Reino de Deus me entusiasmavam. Não queria estar na igreja só por estar, por seguir uma “religião”.

Se seguirmos apenas a religião, jamais nos tornaremos pessoas melhores. Devemos desejar intimidade com Jesus a ponto de sermos parecidos com Ele. Refletir o caráter dEle deve ser nossa missão: amor, bondade, perseverança, fé, vida de oração... Mais dEle, menos de nós, viver em Cristo como Paulo conta nas Escrituras.

Em 2014, desenvolva um relacionamento com o Espírito Santo. Não esqueça de que Ele não é uma força ou energia. O Espírito é uma pessoa que lhe ama e sente ciúmes de você. Deseje estar com Ele, O convide para ser seu amigo. Leia livros sobre o Espírito Santo. Leia a Bíblia. Falaremos mais sobre este assunto, pois Atos dos Apóstolos é o livro do Espírito Santo.

No amor do Espírito daquele que me salvou,
Luisa Neves