quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Ler. Prazer ou obrigação?

Há quem diga que a leitura é uma questão de hábito e que deve ser estimulada desde a tenra idade. Os pais devem espalhar livros por toda a parte, para que os filhos convivam com naturalidade com imagens e textos, afinal, ler é imprescindível para quem deseja destacar-se na sociedade. Mas será que podemos considerar a leitura como um costume ou é uma questão de gosto? Qual seria a quantidade de leitura necessária para alguém ser considerado culto? Qualquer leitura vale? Os livros influenciam no comportamento das pessoas?

Pode-se dizer que as pessoas só desenvolvem hábitos com atividades que lhes dão prazer, mas não é bem assim. Muitas vezes, tem que se repetir um ritual por obrigação, como a atividade física, por exemplo. Desta forma, a leitura pode ser obrigatória em muitos lares, por necessidades intelectuais. Ler muito é válido, porém a seleção de assuntos diferencia o desenvolvimento do leitor. Há quem leia só para entretenimento, enquanto que outros leitores invistam mais em livros técnicos, tais preferências influenciarão no comportamento destas pessoas.

E o gosto pela leitura? Aquela vontade de ficar sozinho com o livro e torcer para ninguém chegar perto, tampouco puxar um assunto? Para estes, pouco importa o estilo, geralmente gostam de vários gêneros. O que importa mesmo é o prazer da companhia do volume escolhido. Os amantes da leitura não investem apenas o tempo, mas também suas finanças e emoções ao se entregarem às histórias, romances, contos e poesias que os livros lhes proporcionam.

Enquanto que, para uns a leitura é obrigação, para outros ela dá sentido à vida. Pessoas assim, quando viajam, chegam a todas as livrarias possíveis e não conseguem passar por bancas de revistas sem adquirir um exemplar. São assinantes de vários jornais, colecionam informativos e, o cômodo mais interessante da casa é a estante de livros, isso quando não têm uma farta biblioteca para exibir aos amigos.

A leitura deve ser incentivada por pais e professores. Seja por obrigação ou por prazer, sempre trará benefícios ao leitor. Porém, quem ama livros nunca está sozinho, tem companhia certa, independente da variação de humor, situação financeira ou aparência física. Aliás, eles têm assuntos específicos para cada situação, a questão é saber escolher. Boa leitura!
Luisa Neves

         

Se necessário, volte!


“Então eles voltaram para Jerusalém, vindo do monte chamado das Oliveiras, que fica perto da cidade, cerca de um quilômetro. Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago.” At 1.12-13

       E agora José? Ou melhor: E agora Pedro, Tiago, João... O Mestre não está mais aqui. Suas palavras de esperança, seus milagres e a segurança de sua companhia subiram com Ele, que, finalmente, ocupa seu lugar no trono, ao lado de Deus. Já não era fácil enfrentar a arrogância dos fariseus quando Ele estava junto, imagine o que será dos discípulos agora?

    Bom, o que resta para eles é fugir longe, recomeçar em um lugar desconhecido. Vida nova! Porém, há um detalhe que não pode passar despercebido: Jesus disse para ficar em Jerusalém até que a promessa se cumpra. É preciso obedecer. É necessário confiar. Seria mais fácil ignorar a direção do Messias, mas obedecer é melhor do que sacrificar.
     Por quantas vezes nos sentimos tão desolados a ponto de pensar que a única solução é sair, ir para longe? Momentos nos quais achamos que Jesus está longe de nós, afinal, o céu é bem distante e Ele deve estar ocupado dando atenção à adoração dos anjos que é muito melhor do que a nossa.

          Quando estamos na dependência de Deus, somos levados a exercitar a paciência e antes de tomarmos decisões, esperar nEle, mesmo que pareça não estar nos ouvindo. Talvez seja mais fácil ouvir um não de Deus do que esperar no seu silêncio. É no silêncio que a nossa fé grita com a nossa carne: “Ei, não é como e quando você quer. Aquiete-se. Tudo está nas mãos dEle.”

          Assim, voltamos para Jerusalém e aguardamos o cumprimento da promessa. Se servir de consolo, não estamos sozinhos nessa expectativa. Olhe para os lados e veja Tomé, Bartolomeu, Tiago, Filipe, Maria, Ana, Rodrigo, Elisabete, Cláudia... com os que andaram com Jesus estão os bem-aventurados, aqueles que não viram, mas creram, eu e você.

     É difícil voltar. Eu tenho dificuldades com isso. Parece que voltar e recomeçar relaciona-se com o fracasso e o tempo perdido. Mas não tem jeito. Para as coisas darem certo é necessário reconhecer os pontos falhos e, para isso devemos refazer alguns caminhos já percorridos. Os discípulos voltaram para Jerusalém. Faça o mesmo, se Deus mandar, volte. A promessa está logo ali.

Bom dia,
Luisa Neves.

     

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Perdidos na nuvem


    
“Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram; “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir.” At 1. 10-11

     Caso os discípulos ainda pensavam que era brincadeira o que Jesus falava, agora estão embasbacados. Imagine você conversando com alguém e de repente uma nuvem o engole. Nem o seu melhor amigo acreditaria nisso e seus parentes iriam interná-lo. Pois é. Bem que Ele tentou várias vezes explicar que não era deste mundo, ficaram questionando por coisas terrenas, agora estão assim, “perdidos na nuvem”.

     O fato é que nesta ocasião Jesus dá início ao cumprimento de sua grande promessa, a sua vinda. Se Ele foi é porque vai voltar. Se subiu é porque vai descer. Ou seja, todo cristão deve estar preparado para o dia em que o Mestre virá para celebrar o seu Reino com a igreja. Mesmo que pareça demorado, não viva um dia sequer sem a expectativa da volta de Jesus. São essas coisas que nos diferem, nossa esperança nEle, no Salvador.

     Alguns dias atrás eu estava em uma reunião secular. Não havia cristãos ali e não sei por que mencionaram a volta de Jesus. Até que alguém disse: “Ele não vai voltar. Ele nunca mais virá.” Parecia que a pessoa falava pra mim. Penso que eu era a única pessoa presente naquele lugar que espera por Jesus. Não fiquei brava, fiquei triste, tive comiseração dela. Como pode viver sem esperar pelo Senhor?

    E quanto a nós que vivemos na igreja? Será que entendemos o que aconteceu naquele momento no qual a nuvem encobriu Jesus? A nuvem o levou e hoje Ele está no trono, ao lado do Pai, porém sua presença não pode estar encoberta pra nós. Ele sempre se revelou ao homem, apresentou sua missão e identidade com transparência. Disse que teria que ir, mas que voltava para estar com os seus.

     Mais uma vez tem que vir alguém para explicar aos discípulos. Desta vez um anjo. Espero que tenhamos conhecimento da Palavra suficiente para reconhecer o Senhor quando Ele voltar. Já pensou a gente fugindo, gritando desesperado? Sempre brinco, mas acredito nisso, que os dias com muitas nuvens me fazem questionar: “Será que é hoje?” Bom, não custa manter os olhos fixos em Jesus para não corrermos o risco de não reconhecê-lo na sua volta.

No amor de Cristo,
Luisa Neves

     

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Poder



           

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.” At 1.8

           Como são fascinantes estas conversas do Mestre com seus discípulos. Aqui, Jesus continua a explicar que é melhor buscar as coisas do Espírito, mas é difícil desejar aquilo que não podemos ver e tocar. Pensamos que desfrutar das coisas é tê-las em mão - a nossa vista e à vista de todos. Quando temos poder fazemos de tudo para que os outros saibam, mas se estamos fracos, queremos nos esconder.

           A luta por poder é constante. Todo mundo quer conquistar e destacar-se em determinada ou determinadas áreas. Por isso, corre-se tanto atrás de dinheiro, pois para o homem, ele é sinônimo de poder.  Quem não gostaria de ouvir isso? “Receberão poder.” Este é um atributo que todo mundo quer, porém Jesus falava de um poder diferente e com finalidade determinada.

               O poder oferecido por Jesus não engrandece o homem. O poder revelado pelo Mestre não torna ninguém melhor do que o irmão. Não alimenta a carne, tampouco satisfaz o ego. Como diz o apóstolo Paulo, este poder visa um fim proveitoso. Combinamos o seguinte: Jesus nos oferece dádivas que nos levarão à vida eterna. É certo que deseja nos abençoar na terra também, porém o seu propósito maior é a eternidade.
                 
               O Espírito é derramado sobre àqueles que testemunham de Jesus em qualquer lugar, até mesmo nos confins da terra. O Espírito Santo em nós é quem engrandece, honra e glorifica Cristo, o Filho de Deus. É a capacidade de nos entregarmos totalmente a alguém que nunca vimos, mas amamos e confiamos mais do que tudo. É o que nos torna bem-aventurados nesta terra.

            Como costumo dizer, se fosse fácil seguir a Jesus, todo mundo seguiria. Bastava um convite e pronto, já estão na igreja e depois de estar lá, nunca mais sai. Mas sabemos que não é bem assim - o reino de Deus é tomado à força. Lutamos contra as investidas do diabo, circunstâncias e contra nós mesmos, para um dia poder chegar diante de Deus com mãos limpas e coração puro.

             Assim, é indispensável ser revestido do poder do Espírito Santo, caso contrário, desfaleceremos em dois toques. Esse poder nos torna íntimos com Deus e passamos a lutar na força dele, não na nossa capacidade. Jesus sabia das dificuldades que os discípulos passariam depois de suas ascensão aos céus, por isso resolveu ficar, mas de forma diferente. A força do Espírito nos faz resistir os dias maus e nos dá autoridade para falar de Jesus.

              A promessa está a nossa disposição, porém deve ser desejada e conquistada. O que difere um cristão de verdade e um igrejeiro é a experiência pessoal com o Espírito Santo. Embora não se torne perfeito, a pessoa que anda no Espírito glorifica a Jesus com seu modo de viver. Este poder está em nós para vencermos nossa carnalidade e egoísmo, para aprendermos lidar com as frustrações e vivermos na dependência do Deus poderoso.

Até a próxima,

Luisa Neves

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Nem o dia, nem a hora


         

“Ele lhes respondeu: “Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade.” At 1.7

         Certa vez, enquanto usava um computador emprestado, percebi que data e hora estavam erradas e, com as melhores intenções, resolvi arrumar. Só que ao tentar corrigir, apareceu a seguinte frase: “Você não tem privilégio suficiente para fazer isso.” Na hora achei horrível aquela máquina mal agradecida dizer-me aquilo, afinal, só queria ajudar. Mas, aos poucos compreendi a situação.

         Entendi que se o dono da máquina permitisse que todos fizessem alterações, teria problemas sérios. Resolvi comunicar o dono e, continuar a vida sabendo que não tenho privilégio suficiente para me meter onde não fui chamada. Aliás, é bom lembrar-me mais vezes desse episódio, já que tenho a mania de achar que posso consertar o mundo. Não, eu não posso.

         Os discípulos de Jesus adoravam perguntar. Vais restaurar o reino? Quando? Quem vai reinar contigo, Jesus? Onde Fulano vai sentar-se? Por que tens que passar por isso? Quem é o traidor? E, se fosse hoje: No céu vai ter televisão? Poderemos usar o face? As nuvens vão atrapalhar as conexões? Vou lembrar-me do meu namorado? No céu tem animais? E por aí vai.

         O Senhor tinha pouco tempo para dar explicações aos seus seguidores e, por isso priorizou coisas espirituais e eternidade. Mas, queriam saber quando desfrutariam de suas promessas. Daí, recebem a seguinte resposta: “Vocês não tem privilégio suficiente para saber.” Bom, se os discípulos que o acompanhavam no dia a dia ouviram isso, o que fica pra nós?

       Inúmeras vezes ouvi esta pergunta: Quando Jesus voltará? Será que Ele vem mesmo? Quantos sinais de sua vinda já aconteceram? Será que posso sair de Sua presença só um pouquinho, arrepender-me e voltar a tempo? A data já está marcada ou Deus ainda está escolhendo? Será que nos dará um sinal mais evidente?

         Mais incríveis que as perguntas são as respostas: Jesus ainda não sabe, só Deus. O Senhor está escolhendo quem vai para o céu ou para o inferno, por isso não diz a data. Alguns dos seus eleitos serão avisados com antecedência. Quando houver paz na Terra, a trombeta soará e... Tem que completar o número exato de salvos, faltam... Não adquira nenhum bem, não adianta, é desperdício.

         Sem julgar perguntas e respostas, posso concluir que devemos viver em obediência como se Jesus voltasse daqui a três segundos, e, ao mesmo tempo, fazer planos, como se Ele voltasse daqui a 50 anos. Quanto às respostas precisas, vou fazer como na ocasião do computador: Colocar a viola na sacola e seguir em frente. Não esqueça, não nos compete saber o dia e nem a hora.

Até mais,
Luisa Neves


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Restauração





“Então os que estavam reunidos lhe perguntaram: “Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino de Israel?” At 1.6

         Este é um daqueles momentos da Bíblia que se Jesus fosse eu, a resposta não seria muito leve. Ele falava de coisas espirituais, quando de repente os discípulos saíram para outro lado. É como se você dissesse: “Filho, você vai ter uma experiência com Deus.” E ele respondesse: “É nesse momento que pintaremos a casa?”

         Não foi apenas nesta conversa que Jesus teve que voltar e explicar tudo de novo. Talvez por isso, Ele escolhesse conversar com os discípulos por meio de parábolas. Bom, há coisas na Bíblia que custo a entender, as parábolas ajudam. Aos amantes da gramática, convido a concordarem comigo que Deus criou as metáforas, conotações, etc.
         
        Mas, relevemos a ansiedade dos meninos que seguiam o Mestre. Eles sonhavam com a restauração de Israel há bastante tempo, e, em Jesus estavam diante da esperança de que o sonho se concretizasse. Imagine algo que você precise muito e esse anseio ocupe seus pensamentos a cada minuto. Certamente, se hoje estivesse frente a frente com Deus, seria sua primeira solicitação.

         Falemos agora de Restauração. A palavra remete a algo que um dia deu certo, era bom e belo, mas se foi, quebrou-se, acabou. Tudo estava bem, mas de repente a alegria foi embora, a beleza desapareceu e a saúde transformou-se em correrias a médicos e pilhas de exames sobre a mesa. A família desfez-se por descuido ou simplesmente por fatalidades.

         Como não falar em restauração diante do dono da vida? Como não questionar Aquele que tem todas as respostas e, o único que faz milagres? Sim, porque em determinadas situações, só milagre. Todos nós gostaríamos de voltar no tempo e tomar decisões diferentes, porém, diante desta impossibilidade, resta-nos perguntar: “Senhor, haverá restauração”?


         Pegue sua Bíblia. Se ela não estiver perto de você, dou-lhe um tempo para buscá-la. Traga junto seu marca texto e leia comigo Jó 14.7-9. Coloque seu nome no lugar da palavra árvore e receba esta palavra profética. “Para a Luisa pelo menos há esperança: se é cortada, torna a brotar, e os seus renovos vingam. Suas raízes poderão envelhecer no solo e o seu tronco morrer no chão; ainda assim, com o cheiro de água (Espírito Santo) ela brotará.”

         Sim, há restauração para Israel. Os discípulos descobriram isso depois. Todavia, o Senhor quer nos ensinar que nEle há restauração emocional, material e espiritual. Ele é a fonte de água viva que renova nossos ramos e fortalece nossa estrutura (tronco).

Deus abençoe!
Luisa Neves


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Em 2014 conheça o Espírito Santo




“Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo.”At 1.5

         Lembro da minha ansiedade pelo batismo nas águas. A primeira tentativa foi frustrada porque tinha apenas 10 anos e minha família achou que seria uma decisão precipitada. Pois bem, ele só aconteceu quando tinha 20 anos. Foi um batismo simples, mas ali eu dizia ao meu Mestre que Ele passava a ser o dono da minha vida.

         O batismo nas águas não é um ritual que nos limpa de todo o pecado. Esqueça a ideia de que nossos erros ficam naquelas águas. Se fosse assim, seria insuportável o cheiro de muitos rios e batistérios. O batismo é um ato de fé, uma simbologia de que a vida passa a estar no controle do Senhor. É um compromisso de viver para Deus e fazer Sua vontade.

         Depois do batismo eu me senti cristã de verdade. Nova criatura. Importante para Deus, parte de sua “equipe”, próxima do Senhor. Não pretendo referir-me a quem está mais ou menos perto de Deus, estou apenas relatando a minha experiência. Experiência e intimidade com Deus estão acima de religiões e rituais – é relacionamento.

         João batizou com águas, pois bem. Mas o livro de Atos menciona outro batismo – o batismo com o Espírito Santo. Não há palavras para descrever esse presente do Senhor para seus filhos. Quando aprendia sobre o batismo do Espírito Santo, nas escolas bíblicas, meu coração ardia. Comecei a desejá-lo com intensidade, com paixão.

         Queria sentir aquela experiência sobrenatural que foi derramada sobre a igreja primitiva. Homens simples e medrosos que andavam com Jesus mudaram de vida depois do batismo com o Espírito Santo. A ousadia, fé e paixão com que falavam do Reino de Deus me entusiasmavam. Não queria estar na igreja só por estar, por seguir uma “religião”.

Se seguirmos apenas a religião, jamais nos tornaremos pessoas melhores. Devemos desejar intimidade com Jesus a ponto de sermos parecidos com Ele. Refletir o caráter dEle deve ser nossa missão: amor, bondade, perseverança, fé, vida de oração... Mais dEle, menos de nós, viver em Cristo como Paulo conta nas Escrituras.

Em 2014, desenvolva um relacionamento com o Espírito Santo. Não esqueça de que Ele não é uma força ou energia. O Espírito é uma pessoa que lhe ama e sente ciúmes de você. Deseje estar com Ele, O convide para ser seu amigo. Leia livros sobre o Espírito Santo. Leia a Bíblia. Falaremos mais sobre este assunto, pois Atos dos Apóstolos é o livro do Espírito Santo.

No amor do Espírito daquele que me salvou,
Luisa Neves


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Até que a promessa se cumpra




“Certa ocasião, quando comia com eles, deu-lhes esta ordem: “Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes falei.” At 1.4

         Aprecio as boas conversas durante as refeições. Digo, boas. Planos, memórias agradáveis, risos e brincadeiras. A hora da mesa não é apropriada para falar de problemas ou brigar. É momento de gratidão e comunhão. A oração deve ser de gratidão. Definitivamente, a oração intercessória deve ser realizada em outro momento.

         Jesus conversava com os discípulos enquanto comiam. As pessoas destacam os milagres, mas os conselhos do Mestre foram extraordinários. Quando Ele falava, uma multidão parava a fim de ouvi-lo. Fico a imaginar como era a voz de Jesus: firme, porém suave.

        Nesta passagem bíblica, o conselho é para que os discípulos  aguardassem a promessa de Deus em Jerusalém. Quantas vezes deixamos de consultar ao Senhor e tomamos decisões importantes sem conselho. Permanecer ou seguir novos rumos são passos importantes para o homem e, uma decisão precipitada pode trazer sérias conseqüências.

         E o que dizer sobre esperar? A paciência e a perseverança são atributos indispensáveis. Mais uma vez, sou ministrada em nossas conversas, pois, mesmo com boas intenções, cometo erros por não saber esperar. Ficar, ficar, ficar até que a promessa se cumpra. Para quem é ativo como eu, esse é um exercício árduo.

         Se Deus prometeu, Ele é fiel para cumprir. Fiquemos então, em nossa Jerusalém até que a promessa se torne realidade. Convide Jesus para almoçar com você hoje e, se possível, ouça seus conselhos.

No amor de Cristo,

Luisa Neves

A cerca do Reino de Deus




“Apareceu-lhes por um período de quarenta dias falando-lhes acerca do Reino de Deus.” At 1.3b

         Gosto de saber que Jesus, depois de haver ressuscitado, passou quarenta dias com os discípulos antes de subir ao céu. Não teria sentido, Ele acordar e simplesmente sumir. Havia tantas coisas a serem ditas e, os discípulos queriam estar com Ele para saber de tudo a fim de nos relatar, como fizeram nos Evangelhos.

         Jesus falou a respeito do Reino de Deus. Esta aí um assunto que eu gostaria de “dominar”. Apesar de frequentar a igreja por mais de 20 anos, sou convicta de que preciso aprender sobre este Reino. Sei o que ele não é: comida, bebida e justiça própria. Mas estou longe de saber o que é a grande promessa de Jesus.

Muitos problemas com cristãos são decorrentes da ignorância a respeito do Reino de Deus. Acredito que brigas, divisões, descontentamentos e ambição acontecem quando o Reino é confundido com a instituição igreja. Há uma canção que diz: “Onde estão os filhos que vão preparar o Reino do Pai?” Mas como fazê-lo?
Se os discípulos que estiveram frente a frente com Jesus passaram por um seminário de 40 dias sobre “Reinologia” (palavra que inventei agora, não repitam), o que resta pra nós? Atrás de que reino corremos? Lutamos para alcançar aquilo que não sabemos o que é? Construiremos um edifício sem saber para que servirá?

Finalizo nossa conversa de hoje preocupada em saber mais sobre o Reino de Deus. Só sei que quero ir pra lá porque o Senhor está lá. E como já disse, se Ele prometeu, é porque é melhor do que tudo que temos conhecido. O Reino é o lugar que Jesus prepara para quem deseja estar com Deus na eternidade.

Que seu dia seja lindo!
No amor de Cristo,

Luisa Neves

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ser como Jesus

“Depois do seu sofrimento, Jesus apresentou-se a eles.” At 1.3a

“Senhor eu quero ser como tu...” Quantas vezes já cantei isso? Inúmeras. Porém, ao me deparar com esse relato vejo minha falta de condições, para não dizer falta de sinceridade de desejar ser como o Mestre.

O sofrimento mencionado aqui não é aquele que sentimos quando as coisas não saem como desejamos. As férias que não aconteceram, os quilos extras, o emprego que não vem e, inclusive, a falta de provisão para quitar as dívidas não se compara com o sofrimento de Jesus.

Não, nem a dor de um divórcio, o abandono do Pai e a rebeldia dos filhos são equivalentes a morte de cruz e a humilhação que Jesus sofreu como castigo porque resolveu amar incondicionalmente o ser humano. Não compare, não seja injusto.
Para mim, o que brilha neste texto é que mesmo sendo traído por seus companheiros, Jesus apresenta-se a eles: “Ei, amigos. Estou aqui. Consegui. Venci a morte. Não, não é necessário se desculpar, não foi nada, a partir de agora só quero estar com vocês.”

Misericórdia da minha vida! Preciso aprender com o Mestre a amar com todos os “apesares” da nossa realidade. Poderia citar várias situações que me levam a pedir para Deus me esconder, aliás, inúmeras vezes orei assim: “Senhor, esconda-me”. Ai, ai, ai.

Jesus apresentou-se, conversou, resolveu as coisas. Poderia ter ido direto para o trono que lhe esperava por 33 anos, mas não, ficou ali, caminhou, visitou, jantou com os discípulos. Tsc,tsc,tsc... Precisamos rever nosso desejo de ser como Ele.
No amor dEle,

Luisa Neves

Deixe-o falar pelo menos por um dia a sós com você

“... depois de ter dado instruções por meio do Espírito Santo.” At 1.2

         Costumo dizer que o livro de Atos é o livro do Espírito Santo. Não que nosso amado Mestre Jesus deixe de ser o centro do livro, jamais deixará de ser, mas não esqueçamos de que o Pai, o Filho e o Espírito são um, e nesse momento das Escrituras é o Espírito Santo que se destaca.

         Para fazermos referência ao nome do blog pergunto: "O que tem a ver o livro dos Atos dos Apóstolos com “realidades”. Tudo! Para nós cristãos, em todos os momentos, deve haver a intervenção do Espírito Santo. Na alegria e na tristeza, como no casamento, a presença do Senhor deve ser constante para nós.

         Ontem eu estava chateada, triste com algumas situações, nada grave. Momentos de angústia, os quais todos nós passamos e, nós mulheres somos experts neles. São pequenas áreas de desconforto emocional que se falarmos, vão nos dizer: “Que bobagem, isso não é nada.”

         Enfim, fiquei só no meu quarto, peguei um livro, larguei, comecei assistir um filme e fingi que estava interessadíssima na estória (não lembro mais o nome de tão interessante que era), ou seja, fiz de tudo, menos orar. Fiquei ali, alimentando o meu descontentamento com autocomiseração.

         Mas quem não faz isso? Concorde, por favor, quero dividir minha culpa. Depois de todas as manhas possíveis da minha alma, fui orar. Abracei uma almofada, sentei no chão e convidei o Espírito a orar comigo. Aliás, queria que Ele orasse por mim. Foi muito bom.

        Como sempre não entendo como o Senhor pode ser tão paciente com seus filhos. Só Ele mesmo...

         Se o próprio Jesus dava instruções por intermédio do Espírito Santo, por que nós achamos que podemos viver sem a ajuda dEle? Somos tão pretensiosos! O ser humano debate-se, dá murros em ponta de facas, grita por independência e sofre, até que se rende à condição de filho, de bebê que precisa de colo, que anda de mãos dadas com o Pai para não tropeçar.

         Que a partir de hoje, coloquemos nossas vidas debaixo da direção do Espírito. Faça um propósito de ouvi-lo com intensidade. Se for necessário, desligue-se de tudo o que compete com a voz d’Ele. Deixe-o falar pelo menos por um dia a sós com você. Eu também vou tentar.
Amo você no amor de Cristo!

Luisa Neves