Na jornada de escrever
sobre o livro de Atos consegui a façanha de chegar ao capítulo 2. Notem que faz
mais de um ano que comecei. L Vamos em frente! At 2. 1-13
Na Bíblia NVI (Nova
Versão Internacional) o título do capítulo 2 é ‘A Vinda do Espírito Santo no
Dia de Pentecoste’. Neste dia, os discípulos de Jesus estavam reunidos num só
lugar. Parece redundante: ‘reunidos num só lugar’. Penso que Lucas já previa os
tempos de internet, quando estamos
reunidos, mas em lugares diferentes.
A Festa de Pentecoste era
realizada todos os anos e tinha tudo para ser igual às outras. Mas não foi. De
um lado turistas, crianças, curiosos. Tinha gente de muitos lugares diferentes.
Pessoas leves, com o intuito de passear e sair da rotina. De outro lado, alguns
homens aflitos, preocupados em cumprir uma missão. Não tinham entendido direito
ainda o que aconteceu com o seu Mestre. Ainda degustavam os últimos
acontecimentos.
Dias antes ceavam com Ele.
Viram-no curar e ensinar como nenhum outro. Que voz era aquela que ao ecoar atraía
milhares de pessoas? Viram-no perder a força e sufocar a eloquência nas
chibatadas dos seus algozes. Dias depois, viram seu túmulo, vigiado pelas
autoridades, vazio. O corpo de Jesus sumira. Não. Apenas voltou para o lugar –
entre os Seus.
Neste contexto, alguém
esperava ansioso para estar com a humanidade. O Espírito Santo. Sempre O
imagino a correr de um lado para o outro no céu e insistir: “Pai, deixa-me descer”? Chegou a hora. Como não poderia ser de qualquer jeito, Ele
chegou no meio da festa. “Causando” como dizem os jovens. “De repente veio do
céu, um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa”. Atos 2.2
Imagine a cena. Línguas
de fogo vieram do céu sobre as pessoas. Objetos saíram do lugar. A música que
dançavam passou a ser outra. Vozes terrenas começaram a se comunicar com anjos. Deve ter sido uma coisa extraordinária. Se aqui na terra, quando somos
visitados pelo Espírito, ficamos como embriagados, imaginem na primeira vinda?
Lucas nos conta que as pessoas ficaram atônitas e maravilhadas e perguntavam uns aos
outros: “O que significa isso”? (Lc 2.12) Deve ter sido tudo! Aliás, foi tudo!
Sempre tem alguém na
espreita, na tentativa de estragar a festa. O capítulo encerra com zombadores e incrédulos, mas não tem importância. No fundo eles sabiam que era
a promessa da vinda do Consolador que se cumpria. Como acabou a festa? Não
acabou. O Espírito Santo gostou tanto da recepção que ficou entre nós até hoje.
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